Tratamentos aos Deficientes desde a Antiguidade
- auladehistorianaweb
- 3 de jun. de 2016
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No mundo antigo, as pessoas com deficiência eram excluídas, mesmo que de uma maneira, aparentemente respeitosa. No Antigo Egito, por exemplo, as pessoas deficientes faziam parte de determinada classe social ou hierarquia, conforme sua deficiência. Em Esparta, na antiga Grécia, as pessoas eram valorizadas por sua beleza física, por seus corpos definidos. Era muito comum o culto ao corpo. As crianças com deficiências eram largadas nas montanhas; abandonadas, pois representavam perigo para a continuidade da espécie. Mas mesmo assim encontramos personagens históricos que tinham deficiências e eram famosos na época e são até hoje, como (grande poeta grego) que era cego.

As pessoas deficientes, na idade antiga, dependendo da localidade eram consideradas possessas do demônio (VIEIRA; PEREIRA 2003), por isso as pessoas da sociedade, consideradas normais, se afastavam destas pessoas com medo, e as mesmas tinham vergonha de sua condição. Mais tarde, no início do século XIX tentou-se fazer a recuperação física e psíquica destas pessoas, sendo que a Igreja foi uma das pioneiras neste processo tentando exorcizar essas pessoas, como se a causa estivesse no espiritual.
No mesmo século, a medicina começou a se interessar e a estudar as deficiências físicas das pessoas, começando a tratá-las como pessoas doentes e não como defeituosos, mas ainda as excluindo da sociedade e relegando-as a pessoas que precisavam de tratamento médico até o fim da vida sem solução definitiva para suas deficiências.
Durante muitas épocas a sociedade praticou a exclusão social dessas pessoas, que por suas condições atípicas, pareciam não pertencer à sociedade. Depois de muito tempo, desenvolveu o atendimento segregado dentro de instituições, passando pela prática de integração social e chegando, atualmente a conhecida inclusão social (SASSAKI, 1997).
No Brasil, na década de sessenta (1960), começaram a surgir muitas instituições segregativas, especializadas em reabilitar as pessoas com deficiência, consideradas pessoas com necessidades especiais. Os atendimentos eram voltados mais para a área clínica e eram feitos de maneira mais filantrópica. Assim, nesta década tentou-se integrar essas pessoas com deficiência nos sistemas sociais gerais como a educação, o trabalho, a família e o lazer (SASSAKI, 1999), mas este processo foi mais vivenciado na década de 80.
Fontes:
VIEIRA, Givanilda Marcia. Educação inclusiva no Brasil: do contexto histórico á contemporaneidade. Disponível em: <http://www.mpba.mp.br/atuacao/cedu/educacaoinclusiva/artigo/EDUCACAO_INCLUSIVA_NO_BRASIL.pdf.>
SILVEIRA, Tatiana Dos Santos Da. Educação inclusiva. Indaial: Uniasselvi, 2013.
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